Contos

  Certo dia, estava aguardando um ônibus circular em um ponto qualquer da avenida do CPA. quando encontrei um
antigo amigo, que me fez uma proposta um tanto indecorosa. Dizia ele: "Porque você não pega um vale no seu
serviço, sua mochila e vem comigo para Minas Gerais?" Diante de tamanha loucura, perguntei a ele sobre a
composição de seu cérebro. E comecei aconselha-lo incessantemente. Apresentar-lhe teorias para sua revolta e
rebeldia.
 Tendo se passado algum tempo, tive de parar com meus sermões, pois já havíamos chegado em Belo
Horizonte!!!!!.

––––––––––––––––––––––––––––––– Márcio Britto© 15/07/97

         Estávamos eu e meu irmão sentados em uma mesa de bar. Bebíamos socialmente uma garrafa de Coca-Cola
dissolvida em um litro de caninha 51. Conversávamos assuntos importantíssimos, do  tipo: "a influência do filme
Exterminador do Futuro, no  desenvolvimento e formação de novos policiais brasileiros."
  Até que, em um dado momento, comecei a reparar que a senhora que estava sentada ao lado, lançava olhares
sedutores para o meu irmão. Não demorando muito, ela levantou-se, encostou-se em sua mesa e pegou seu
aparelho celular. Começou a falar em tom de voz alta sobre depósitos, transferências bancárias e valores
significativos. Daí tornou-se mais evidente seu interesse pelo meu irmão.
 De repente, ela sentou-se rapidamente em sua cadeira, e baixou sua cabeça enquanto pedia para o garçom trazer
sua conta. E todos, assim como eu e meu irmão, não parávamos de rir. Motivo: "O celular havia tocado." faltou
esclarecer que não havia desligado o aparelho.
 

––––––––––––––––––––––––––––––– Márcio Britto© 10/08/97